sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O que está havendo com o Poder Judiciário?


Há anos que nos deparamos com o triste conceito que damos aos políticos do Brasil e do mundo, os qualificando, quase que genericamente, como pessoas que compram e vendem votos em troca de favores e ilicitudes. Também sabemos que gente honesta e fraudulenta tem em toda profissão. Mas, o que fazer e a quem recorrer no caso de nos depararmos com ilegalidades cometidas por pessoas e instituições públicas e privadas? Será que ainda devemos confiar nos legisladores, nas leis e no poder judiciário?Vejamos:

1- apesar dos meus trinta e poucos anos, fui criado com uma educação que me proibia de assistir programas, filmes e matérias que mostravam muito sangue, violência e desrespeito à população em geral. Lembro-me perfeitamente das palavras dos meus pais me obrigando a desligar a tv e/ou sair da sala para não ver esses absurdos;

2- Até um ontem (muito próximo) toda uma população tinha respeito pelos juizes, pela polícia e suas ações. Jamais a gente via uma cidadão desrespeitar um membro do poder judiciário e um policial, afinal de contas, eles estavam ali para assegurar o respeito e a moralidade pública;

3- a educação era tratada com muito mais qualidade e respeito do que hoje. Eram tempos em que colégios maristas, religiosos e tradicionais eram procurados pelos pais dos alunos que realmente queriam ver os seus filhos sendo educados por professores qualificados e respeitados. Lembro-me que eu tinha que chegar no horário certo, com a farda limpa, ficar na fila indiana para cantar o hino nacional antes do início da aula e só podia sair do colégio com a autorização e presença dos meus pais.

Todo essa introdução é apenas para gerar uma indagação que me vem na mente nos dias atuais: quando antes a gente podia acreditar veementemente na justiça (Poder Judiciário) na hora de procurarmos os nossos direitos, hoje, podemos confiar cegamente nela?

Digo e repito que toda unanimidade é burra! Existe profissionais e profissionais ... bons, dedicados e ruins, sem comprometimento. Só tem um porém nessa história: a única das profissões que não deveria ter maus profissionais atuando é a do Poder Judiciário. É pra lá que corremos na hora de um aperto e injustiça. São os juizes, promotores, defensores e advogados que estudam as leis do nosso Brasil para assegurar que tudo transcorra conforme as exigências dessas leis.

Apenas nos últimos dias, a imprensa do nosso país noticiou absurdos que levam a sociedade a desacreditar cada vez mais nas pessoas que fazem a "justiça" no nosso país e no nosso estado. a)Uma ministra da maior instância, prestes a se aposentar declarou que o poder judiciário é o poder que menos se corrompe. b)Um delegado de polícia obriga uma agente de investigação (mulher) a se despir para dar uma flagrante de outro erro: suborno. c)Um juiz de uma cidade da grande João Pessoa autoriza um "foragido da justiça" a responder um processo de assassinato em liberdade. d)Advogados aceitam defender "clientes" que os contratam para livrá-los da prisão após terem cometidos crimes absurdos.

Pior ainda é constatar que Vossas Excelências do Poder Judiciário não se misturam com os simples mortais da vida mundana. Quer prova disso? Experimenta procurar um juiz nos seus gabinetes...primeiro é ver que existe locais (elevadores, corredores, salas, lanchonetes) que só e somente só os juizes podem circular. Nós, mortais sem toga, não podemos pisar naquele solo sagrado e reservado aos doutores da lei. Quer um outro exemplo? Que tal aceitar que um processo seu está há vários e vários anos sem uma análise? Que tal pegar o seu processo e constatar que a Excelência não teve nem o cuidado de ler o que estamos pedindo na peça? Eles (ou a grande maioria deles) simplesmente usam uma famosa técnica do "control C control V" da informática, ou estou enganado?

É triste mas é fato! Com algumas exceções, o Poder Judiciário não é mais o mesmo! A sociedade fica cada vez mais sem opções de recurso. Será que está acontecendo o que um grande traficante brasileiro mandava seus comparsas fazerem? Ele obrigava os seus comandados estudar para conquistarem as vagas dos que têm poder de decisão para livrá-los dos julgamentos.

Termino com uma frase que sempre uso e divulgo: "para que o mau prospere, basta o bem de acomodar!"

Rodrigo Nóbrega
rodrigonobrega13@gmail.com

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