domingo, 29 de junho de 2008

É tempo de eleições. E agora, o que fazer?

Lá se vem mais uma eleição no Brasil. Desta vez, novos prefeitos e vereadores serão escolhidos. Novas promessas voltam a ser prometidas, novas palavras são ditas, novas visitas são feitas, novos negócios e acordos também.

Sabe-se que, no período das eleições, os candidatos surgem “do nada” nos bairros e regiões que em quatro anos não haviam visitado ainda. Lá, misturam-se com os moradores, entram nas suas casas, comem das suas comidas, prometem o que outros já haviam prometido, dão desculpas por não terem cumprido as promessas das campanhas passadas, “premiam” os moradores com feiras ou um simples bujão de gás. Quanta tristeza!

Sou daqueles administradores que têm ORGULHO da profissão que exerço. Compartilho com o pensamento de outros tantos administradores que afirmam que “o sistema público do Brasil só vai realmente melhorar quando os seus cargos forem preenchidos por profissionais que atuam na iniciativa privada”. Esses profissionais dão mais valor ao dinheiro, são mais cautelosos com os gastos, estudam mais as possíveis novas ações a serem implantadas e respeitam mais os seus comandados. Essa seria a lógica para comandar um país, estado ou município que necessita de ordenamento financeiro para atingir um crescimento sustentável.

Porém, a realidade não faz parte da nossa rotina. O contrário se transforma em fato! Os que ocupam os cargos só o fazem devido a famosa pressão política que um “cacique” impõe ao seu apadrinhado, mesmo este não tendo nenhuma experiência na gestão pública. Afinal, quem se importa ou vai reclamar? Os caras pintadas da época do Collor? Ou devemos chamar os vizinhos Argentinos para baterem suas panelas por aqui no Brasil?

Já diz o meu pai que é o maior de todos os meus gurus: “a culpa da atual situação do Brasil, estado e do município não é causada pelos políticos. A culpa é do povo (população) que não sabe votar!” Essa é a mais pura verdade! A grande maioria da nossa população não sabe votar. A grande massa do nosso povo é vendida por uma cesta básica, um botijão de gás, uma feijoada no dia da convenção ou da vitória nas urnas. A grande massa não pensa dos próximos 4 anos vindouros de ausência completa deste mesmo político. Sabe aquela música que fala do trabalhador que construiu a escola e não pode colocar os seus filhos para estudar lá? Pois é ... é a mesma coisa! Procure um político no período que não seja de campanha. Você provavelmente encontrará um NÃO bem redondo ou um “volte depois que eu resolvo”.

Como apelo, peço que o pessoal realmente tente mudar a história do nosso país. Estudem em quem vão votar. Analise o seu passado político. Pergunte, critique, discuta, bata boca e não acredite em promessas de campanha. Veja se ele realmente já tem um passado político e já fez um bem pela sociedade que representa. Respeite o seu voto para que depois das eleições você possa cobrar as promessas de campanha. E por último: jamais brigue por um candidato X ou Y. Muita coisa acontece nos bastidores que o povo nem imagina. Prova disso é que um candidato que hoje fala mal do seu concorrente, na próxima eleição pode estar de braços dados. E o povo que se dane !!!

Rodrigo Nóbrega
29.06.08

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